O CONGRESSO DO PS VISTO POR JORGE ALGEROZ

Jorge Algeroz foi o enviado "secreto" do Homem das Tabernas ao congresso socialista que, praticamente, "santificou" Sócrates.

Como sempre, tratou de nos escrever uma clara e absolutamente esmagadora análise ao sucedido e que nos apressamos a partilhar.

«O congresso do PS foi um mero exercício de adoração ao líder. Quase como se toda aquela gente tivesse sido devidamente esvaziada de cérebro  ou, pelo menos, limitada a  um mero exercício de levantar rabo para bater palmas, a mecanização dos braços, abrir a boca para reproduzir o discurso oficial do líder e do partido, que são uma e a mesma pessoa.

O que foi mais incrível é que toda aquela gente, incluindo os socialistas de Penacova presentes, se limitou a ouvir, comer  e calar, sem qualquer rasgo de pensamento ou atitude autónoma. Se Gustave Le Bon estivesse vivo, certamente que aproveitaria este congresso para introduzir novas variáveis de análise à "Psicologia das Multidões", estabelecendo novos paradigmas de pensamento ausente, isto é, uma espécie de vazio construtivo de uma ilusão sobre a qual assenta todo um modus operandi.

O líder, por definição, não se contesta, adora-se e tudo naquele congresso foi estudado e previsto ao milímetro e mais uma vez ressalta uma frase de Le Bon que refere que "não são os factos em si que impressionam as pessoas, mas o modo como lhes são apresentados."

Já era sabido que o PS e Sócrates nada mais têm a dizer ao país, por isso, assentaram o seu congresso numa imagem puramente plástica, fantasiosa, de que se fala, sobretudo nas mediocridades militantes, aquelas que se limitam a impressionar-se com o espectáculo em si, eliminando o conteúdo da mensagem que apenas paira residual nos mentores, não que eles acreditem nela, mas apenas no efeito desviante que provocou ou não nas pessoas.

Depois, perante o espectáculo e a encenação vetustos e até faustosos, e para o observador que  não se deixa manipular, resta sempre a interrogação sobre o alcance da coisa, não importando o efeito sociológico que a comparação entre a crise e as dificuldades do povo e todo o clima apoteótico absolutamente vergonhoso que se fez ao redor de um homem que conduziu a nação ao estado em que ela se encontra.

O PS-Penacova, como todos os outros PS-locais estão, como é óbvio, devidamente amestrados. Sabem bater palmas, levantar o rabo das cadeiras para aplaudir de pé quem manda, ladrar às oposições, auto-ilibar-se de responsabilidades e dizer, sem vergonha na cara que, se não foi o mundo que mudou, foram as suas terras.»

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Nota futeboleira inevitável: Como era facílimo de prever, o FCPorto foi ao Estádio da Luz, colocar na ordem o SLBenfica e arrumou-o da final da Taça de Portugal, conforme eu vaticinei há algumas semanas. Para que conste das actas e para que os adeptos do SLBenfica percebam que não há arbitragens, por mais escandalosas que sejam que desmintam um 12-4 no total dos jogos efectuados entre FCPorto e SLBenfica esta época.

E deixo um conselho amigo: deixem-se eliminar pelo SCBraga na liga Europa para não sofrerem nova humilhação frente ao FCPorto na final da mesma, em Dublin!

E Tu, José António Duarte, trata de arranjar as seis garrafinhas da aposta que me deves e não te esqueças dos comprimidos para a azia...