O
campeonato europeu de futebol tem-se mostrado incrivelmente parecido com a
realidade político-económica do continente que lhe serve de palco, sendo que, à
medida que a competição avança e se torna mais implacável, as semelhanças vão
sendo cada vez mais evidentes. Se não vejamos:
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A competência alemã, de tão ostensiva que é, chega a ser arrogante. Na recente partida
contra os gregos, foi cruel e imperturbável em campo, como que dizendo “Se vocês tivessem a nossa eficácia
competitiva não passariam por tantas dificuldades”.
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Portugal e Espanha vão ter, quarta-feira, um duelo equilibrado, ainda que a
Espanha seja (na economia e no futebol) mais forte do que nós. Mas, enquanto Portugal
já admitiu e assumiu (na economia e no futebol) as suas fragilidades, os espanhóis
parecem apostados em mostrar ao mundo que nada têm a ver connosco. E isso pode
jogar a nosso favor…
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Assim, o final da competição irá trazer-nos, muito provavelmente, um duelo
norte/sul. E se, na economia, o resultado seria facilmente previsível, já no
futebol, o perfume mediterrânico pode sempre inebriar e confundir os frios sentidos
que emanam das negras florestas europeias.
P.S. – Pedro
Proença, árbitro português, mostrou competência quase irrepreensível nos
jogos que apitou no europeu, o que nos faz interrogar sobre as causas da sua recorrente
incompetência quando atua em Portugal.
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