Taberneira em jeito solene e sério - Caros clientes, hoje poderemos aquecer-nos à vontade, o frio começou a especular lá fora.
Alecrim aos molhos encostando-se ao balcão e mirando as pernas do Mondego através do copo de absinto - Com uma taxa especial? - espraia o cotovelo e poisa a mão na barba sonhadora - Hum, então já tenho o produto tóxico ideal.
Taberneira - Esta semana fartámo-nos de receber convites para desinvestir, nem sei p'ra onde me virar.
Alecrim aos molhos fumando um definitivo e fixando o olhar nas garrafas da prateleira - Maria, parece-me que amanhã não te deves fazer de esquisita.
Taberneira aproximando-se do balcão, atestando o copo de Alecrim e filosofando - Se todo o governo é eleito, os investidores são governos, logo os investidores são eleitos.
Alecrim aos molhos bebericando o seu absinto e fazendo uma careta - Maria, esqueceste-te do joi laranja, esta conversa estraga um final de tarde dedicado à especulação, e eu a imaginá-lo ali ao cantinho, mexericando bytes ao som da chuva de Novembro.
Zé Manel - Parece que das oscilações governativas não nos safamos, Berlusconi outrora rijo como um pau, Papandreou nublado e Sarkozy congelado.
Alecrim aos molhos beberica um ou outro gole de Absinto, de repente levanta-se entusiasmado e pergunta eufórico - Maria, será que investir na Merkel alavanca os pecados?
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