terça-feira, 25 de outubro de 2011

KADAFFI E A MORTE SERVIDA A FRIO


Fala-se em todo o lado e aqui ao balcão da taberna também.
Kadaffi era o que era - foi o que foi - e tudo está dito!
A sua morte é razoável
     que razoabilidade existe na morte?
digamos, tendo em conta tudo o que os seus 40 anos de ditadura proclamaram e, bem vistas as coisas, o senhor pôs-se a jeito no que toca a criação de ódios e raivas, dentro e fora do seu país, como o que acontece com os ditadores. Algumas só não foram mais intensas porque o senhor tinha ouro negro a saltar-lhe dos bolsos e elas, por isso, se foram "adaptando" na teoria e prática dos interesses...
O balanço do "fim" de algumas ditaduras da região foi suficiente, então, para lançar a semente de queda do senhor das tendas e para a mudança na Líbia. 
Mas não se esqueçam do termo "mudança" quando olharem para ela e seus resultados, daqui a algum tempo, seja no Egito, na Tunísia e agora a Líbia...
Contudo, e voltando à morte do cavalheiro, defendo um coeficiente mínimo de dignidade perante a morte e, por isso, não gostei de ver as imagens do senhor, de cara transfigurada pelos ferimentos de balas, esvaído em sangue no chão de uma morgue improvisada, usadas fartamente pelas televisões e imprensa escrita sem um módico de contenção, dando um certo ar de banalização da violência e de que, de certa forma, ela é um método como outro qualquer para a recomendada boa consciência das almas.
    a hipocrisia dá-se a aceitar todo o tipo de espetáculo!
Mas há limites mínimos para a exorcização pública dos ódios e das raivas...
Pela minha parte, dispenso esta e outros tipos de oferta como esta!

2 comentários:

Anónimo disse...

Tal como a dignidade com que este cavalheiro brindava aqueles, que durante a ditadura, foram torturados e mortos!
Isso é que era uma dignidade que eles tinham!
Fale-se em hipocrisia!

Anónimo disse...

...elas pagam-se todas cá em baixo!

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