Todos os penacovenses (comigo incluído) gostam de exaltar a sua terra, sobretudo pelas paisagens tão peculiarmente moldadas pela natureza e excepcionalmente cerzidas pelo Homem ao longo dos tempos. Penacova ainda tem, é verdade, alguns recantos de que nos podemos orgulhar e publicitar.
Mas também não vale a pena iludirmo-nos. O nosso concelho já não é o local bucólico e idílico que fazia as delícias da burguesia portuguesa, que por aqui gostava de passear e permanecer durante muitas décadas do século passado. Tal como a maioria do nosso território, foi-se desarranjando, sobretudo nos últimos 30 anos. O crescimento e o desenvolvimento não conseguiram enquadrar a construção e as necessárias actividades económicas com uma ideia de vila/concelho turístico que tanto proclamamos. Ou seja, como Portugal, Penacova nunca conheceu verdadeiramente os significados das palavras planeamento e ordenamento.
Chegados aqui, não faltam tristes e gritantes exemplos do que não deve ser um concelho, como diz o slogan oficial do município “onde a natureza vive”. De facto, a natureza já passa pouco por aqui.
É neste sentido que os Taberneiros pedem ajuda aos seus leitores para que nos enviem fotografias que ilustrem os cada vez mais frequentes exemplos que mostrem que a natureza penacovense (sobretudo) sobrevive, por culpa de todos nós (aqui não há inocentes). Publicá-las-emos (com ou sem identificação) não no sentido de fazer má publicidade do nosso concelho mas antes para que mudemos de atitude, nas diferentes escalas de decisão.
O endereço está ali à esquerda, obrigado.
Nota: não se esqueçam de identificar o local fotografado
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