Alcides Patudo, agricultor reformado do Golpilhal, veio aqui à taberna e, a dada altura, começou a desbobinar ideias para a salvação de Portugal. A começar por nos salvar do governo..
Eu, que estava de serviço ao balcão, mandei a Marlene para a copa lavar os copos que estavam há 3 dias de molho no Super Pop, que aquilo não era conversa para madames.
Alcides, já com dois tintos no bucho, tratou de destravar a língua. Cuidado leitores, mandem as crianças ver a "Casa dos Segredos" que doi menos:
«- Eu dizia como é que acabava com esses filhos da p... que andam a f...er este país de alto a baixo.
1º Punha-os, descalços, a limpar o curral de uma vaca que eu lá tenho. De véspera, dava-lhe uma molhada valente de saramagos para ela soltar a tripa! Ah menino! Se tu querias ver os gajos a suar!
2º O das finanças, punha-o só uma manhã com a minha Irene e ela explicava-lhe como se governa uma casa. Ela bem me diz: 'Não tens dinheiro?! Não há p...tas! Eu sirvo!' Ou seja quem não tem dinheiro, não tem vícios. Velho como o c...gar!
3º Ao Sócrates era mais meigo. Mandava-o ir a 3 comícios do Alegre e gritar o nome do poeta, vá lá, 20 vezes. Já deveria doer comó catano!
4º Aos outros tipos do governo, botava-os todos a roçar mato para mim, descalços e a pão e vinho rõem!
Garanto que ao fim de um mês, esta merda de país estava na linha!»
1 comentário:
A sabedoria popular vale mais do que mil discursos na nossa Assembleia, especialmente vindas da bancada do governo. Muitobem senhor Patolas!
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