quinta-feira, 25 de outubro de 2012

empreendedorismo poético

Taberneira - Ainda esta semana vou enviar um mail ao Humberto para apoiar a causa do empreendedorismo poético. 
Alecrim aos molhos - Depois de algum esforço poderei alinhar nessa causa de merda. Hum, aliás vou recomendá-la aos meus amigos do Facebook.
Taberneira - A ideia é a seguinte: o José Sanfonas embrulha-se todo em fio de pesca, é nítida a articulação com o item desenvolvimento do concelho, e declama poesia popular na Pérgola. 
Alecrim aos molhos - Sim, nada como uma ideia de merda para revitalizar o desenvolvimento do concelho.
Taberneira - Espera, já estou a imaginar o acontecimento, um poeta popular, revestido de fio de pesca em cima de uma pipa. Ora deixa cá ver, a pipa poderá simbolizar o empreendedorismo dos homens da madeira. 
Alecrim aos molhos - Sim, parece-me essencial vendermos os nossos produtos endógenos de merda.
Taberneira - Não, nada disso, a performance deverá incluir aspetos completamente inovadores. O José Sanfonas deverá declamar em cima de uma pilha de rolos. Aqui alia-se a poesia à noção de risco inerente a qualquer empreendimento mais inovador. 
Alecrim aos molhos - Imagino que quererás uma inauguração de merda, talvez num dia da feira, assim terás muitos voluntários para o corta fita. 
Taberneira - Será um acontecimento artístico-literário assistirmos ao enrolamento poético do nosso poeta popular.
Alecrim aos molhos - Com enrolamento poético pretenderás dizer: massacre de um poeta rumo ao IP3, quiçá uma performance de merda que ficará na história do concelho.
Anastácio, o poeta - Eu sempre disse que a Taberna iria acabar a vender merda ao capital.

3 comentários:

Anónimo disse...

este blogue está mesmo na merda.

António Luís disse...

Pois é Sôdona Vera!
Isto da poesia popular ser aproveitada para vitimização é uma merda, assim como a falta de sentido de humor é outra merda, ou mesmo a incapacidade para aceitar pontos de vista divergentes ao pensamento instalado é outra merda e por isso a palavra que resume esta gastura e esta incapacidade em perceber como o orgulho de pessoas na sua obra não lhes permite usar o seu nome a a sua cara, se pode resumir ao desabafo: bardamerda!
Para todos os efeitos, este bardamerda é dirigido a ninguém.
Há muita gente que existindo, é como se não existisse porque sem nome rosto e se não existe, não se pode ofender com o bardamerda.
Não há empreendedorismo poético que nos valha numa terra de gente séria!


Anónimo disse...

Não. Os sérios foram todos embora.

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