quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Gosto tanto de salas de espera como da música do David Fonseca

 
Depois das férias, fui a uma consulta e pensei: Por que é que temos que falar baixinho nas salas de espera?
 
Ali estamos, várias pessoas a cochichar...Mas depois há sempre uma televisão aos berros, para a senhora da receção poder ouvir a Maya com o seu tarot. E isso sim, já é uma coisa de alto nível. Estar a cuscar a sobre a vida dos outros enquanto joga à bisca lambida. E depois fala com ar de doutora, o que é logo de uma pessoa ficar todo arrepiado no apêndice.
 
Porque é que as salas de espera só têm revistas cor-de-rosa e de carros! E sempre antigas! Se tiverem menos de 3 meses não podem lá estar! E quando querem trazer a revista para casa? Andam ali de um lado para o outro com a revista na mão, a bater com ela na mão e a assobiar...e zás.
 
Porque é que não põem enciclopédias nas salas de espera? Nós passamos lá tanta hora que dava tempo para ler tudo. Na sala de espera, toda a gente olha para toda a gente! E porquê? Porque estão a tentar adivinhar as doenças dos outros!
 
Adoro os hipocondríacos. Eles têm a mania das doenças, detestam médicos e hospitais, mas não saem de lá. E levam a coisa muito a sério:
-Ó Sr. Doutor! Estou muito preocupado! Nem consigo dormir. O doutor deu-me 20 dias de vida e já passou um mês. Isto será perigoso?

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