Voltando
à discussão sobre o encalhado Hotel de Penacova e sobre a hipótese de
transformá-lo numa escola que potenciasse a mão-de-obra que se vai qualificando
no nosso concelho, aproveito para rebater duas ideias que perpassam pelos
comentários aqui deixados.
A
primeira ideia defendida aponta claramente para o facto de um hotel-escola não
permitir que os donos da infraestrutura recuperem o dinheiro ali investido.
Acontece que esse dinheiro já foi perdido há muito e não acredito que pensem
alguma vez recuperá-lo. O imóvel degradou-se, como sublinhei, e ninguém virá
resgatá-lo do abandono, pagando uma renda que satisfaça quaisquer intenções de
um rápido retorno do investimento feito. Mais vale, assim, permitir que alguém
lhe restitua vida e o valorize. E isso já seria ganhar muito!
A
segunda ideia põe em causa a existência de exemplos de sucesso que sirvam de
ponto de comparação. Também aqui devo dizer que, tanto no continente como nas
regiões insulares há história feita neste campo da criação de unidades
hoteleiras onde se aplica a formação recebida e que, por isso mesmo, recebem o
nome técnico de hotéis de aplicação.
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