quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Meditações sobre o futuro do aborrecimento

Taberneira - Perdoo com facilidade os que me aborrecem, mas não consigo tolerar os que aborreço.
Alecrim aos molhos - A felicidade tira-me o aborrecimento, o que é uma maçada.
Taberneira - Quem prospera na política corre o risco de se aborrecer.
Alecrim aos molhos - Receio apenas que o aborrecimento me faça perder peso.
Taberneira - O aborrecimento é bem-vindo em minha casa. É como se o mundo girasse à volta do sol e como se a terra de repente envelhecesse.
Alecrim aos molhos - Ai, o aborrecimento, esse alegre déspota da minha vida, e contra o qual a felicidade estrebucha.
Taberneira - Embora quase todos os meus dias sejam venturosos, só o tédio me ajuda a inventar os jogos e a política.
Zé Manel entra a correr e grita tresloucado – Pessoal, estão ali fora uns tremoços com uns cartazes exóticos. Ah, e querem oferecer uma enciclopédia à taberneira.

1 comentário:

joãoeduardoseverino disse...

Excelente. Grande (bom) blogue.

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