sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NEM O PAI MORRE NEM A GENTE ALMOÇA


Mas que diabo! Nunca mais põem a mão no homem!? Está o prato quase pronto para começar a ser limpo e não há maneira de se verem livre o (ex) aliado que agora mais não é que um empecilho a uma refastelada refeição ocidental. O que vale é que a comida em questão não se estraga com facilidade e pode sempre esperar para ser saboreada.

E pronto, lá vem a gasta conversa anti-imperialista. Terão razão os que pensam assim. Mas é uma conversa tão gasta quanto o filme a que tenho assistido ao longo das últimas décadas, com um final tão previsível quanto desprezível. Ganham sempre os mesmos.

Ainda assim, as últimas sequelas (no Norte de África e na Síria) têm-nos revelado uma mudança de táctica. Já não se intervém directamente nos rentáveis palcos geoestratégicos (fica mais caro e provoca muitas baixas), optando-se antes pela agitação dos famintos e pelo armar das revoltas, com empurrões (bombardeamentos) aqui e ali para agilizar o processo, um pouco à imagem do que fizeram os americanos, por exemplo, na América Latina no século passado.

Mas fica a promessa. Quando o braço militar dos interesses económicos ocidentais (leia-se NATO) libertar um desinteressante país da África Subsariana (por exemplo) do seu ditador de conveniência eu prometo que, satisfeito, troco a cassete.

1 comentário:

António Luís disse...

Já tinha saudades deste discurso calibrado e anti-imperialista.
A história e o comentário precisam, genuinamente, de pensamento estruturado, assente em ideologia e não em derivações sem "pai", ditas ao sabor do que convém ou do politiquês correto!

Bom regresso!

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