Ilustração: Mariana Duarte
Primeiro foi o multimilionário norte-americano Warren Buffett: “Façam lá umas cócegas na minha riqueza que eu assim fico melhor com a minha consciência”.
Seguiram-se outros milionários (americanos e europeus): “Não nos importamos de dar uns trocos para ajudar a ultrapassar a crise.”
Antes que um dia alguém se lembre de os taxar a sério ou para evitarem que a indignação do povo não passe disso mesmo (resmungos e desabafos), eles, subtil e filantropicamente, antecipam-se a tudo e todos, mostrando que estão dispostos a aumentar a gorjeta.
Segundo a (ultrapassada, diziam) cartilha marxista, distribuir umas esmolas é uma forma hábil (e barata) de evitar uma revolução. E é a execução dessa pena que eles tentam evitar a todo o custo.
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