São Pedro (o próprio) amuou com os habitantes de São Pedro D’Alva (concelho de Penacova) e confessou ao Homem das Tabernas que “perdeu a paciência para gente tão ingrata”.
Visivelmente irritado, visitou-nos há dias e, enquanto afogava as suas mágoas com um São Domingos (Dão tinto 2006), lá nos foi explicando as razões da sua zanga com um povo, para nós, tão simpático, íntegro e trabalhador.
Diz São Pedro: “Por que raio hei-de ser eu a dar o nome a uma terra que passa cinco dias inteirinhos a fazer festas em honra de um triste muito menos importante do que eu! Que mudem o nome da terra para Santo António do Alva, a ver se eu me importo! Cambada de mal-agradecidos…”
À saída, rasgou o cartaz das festas em honra de Santo António (que hoje terminam, depois de vários dias de folia), jurando (pelos céus) que nunca mais aparecerá em São Pedro D’Alva. Nem mesmo a 29 de Junho.
6 comentários:
Está bem apanhada sim senhor.
Mais uma bela prosa do taberneiro oculto. Sr. JorgeM os meus parabéns!
Se o Santo padroeiro da freguesia, é S.Pedro... esta mal!
Se é S.Antonio, esta muito bem,a festa ao Santo não tem data!
Mesmo as Festas anuais aos Santos, tem ou devem ter o Aval, de pessoas responsaveis e ligadas a Paroquia!nomeadamente o paroco!
... Que, por vezes, não se respeita!
Jorge M? M de quê???
Em São Pedro de Alva festejamos o Santo António, porque há muito que cá reside e achamos que deve ser padroeiro da Vila. Depois,porque nós queremos é festa, festejamos o São Pedro por ser padroeiro da Freguesia e aí junta-se a população toda e fazemos à porta da igreja um leilão com ofertas vindas de toda a Freguesia. Nós não somos invejosos, gostamos que se juntem a nós. Aquele abraço.
e, e, e oooohhhh Sr. Zé e deite praqui um jarro de tinto e uma alheira assada faz favor...gluuupgluuup, gluuupgluuup, aaaaaahhhhh...olhe, anteontem foi festejar o Santo António ao Golpilhal. Já num saia cum a minha Ofélia pra um baile de Santo António faz anos e, e, e...eghhh uuup e vim de lá doido...como as coisas estão, é uma dor de alma ver essa malta nova agarrada à cerveja e ao fumo...valha-nos Deus! Eles dum lado (a sigurar a cerveja numa mão e o cigarro na oitra...) e elas à espera que, que, que viesse algum convida-las pa dançar uma moda...gluuupgluuup, gluuupgluuup, aaaaahhhhh...enfim, eu agarrei-me à minha Ofélia e dancei como é moda das gentes do nosso tempo. Odespois quando vieram as modas à americana ainda agarrei na vizinha do Timóteo Curto, da Mata do Maxial, e a minha Ofélia no filho da Gracinda Russa, da Granja Nova, pa ver se incentivávamos essa juventude aos costumes do nosso tempo e, e, e...eghhh uuup e as coisas inté que se ajeitaram...gluuupgluuup, gluuupgluuup, aaaahhhh...quando cheguei a casa inté andei à roda (sabe, sempre se exagera mais um pouco nestes dias!...)...a minha Ofélia pergunta, que horas são? E eu respondi, meia-noite e meia. Saisse-me ela: “meia-noite e meia, diz a Maria ao Chico, tira pracá a mangueira, que tá na hora de regar o manjerico...”...àrapazes aquilo é que foi inté à uma i pico...parecíamos dois miúdos de vinte e poucos anos...gluuupgluuup, gluuupgluuup, aaaaahhhhh...vou andando que tenho de ir tratar da criação antes do anoitecer. A menina Marlene também quer ir a um baile cum o Tone. Ai menina, tenha juízo...intão quer ir cum este velho bêbado dançar pra um baile, a menina vai é arranjar um rapaz jeitoso à sua idade pa fazer uma parelha à maneira e odespois aqui o Tone e a minha Ofélia ainda são casal pralhe insinar uns passos de dança das modas populares...intéamanhã Sr. Zé, intéamanhã meninas...
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