Os clientes aqui da taberna não têm falado noutra coisa. E não. Não é das novas caras do Executivo de José Sócrates nem da crise no Sporting. Aqui discutem-se coisas importantes. O tema forte tem sido, isso sim, a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Barack Obama.
É por aqui opinião quase unânime que Obama não ganhou o prémio pelo que tenha já feito em favor da paz, mas antes como voto de confiança no que poderá, eventualmente, vir a fazer.
O Homem das Tabernas soube, entretanto, que a Academia Sueca responsável pelos Prémios Nobel mudou efectivamente de política na escolha dos seus laureados. Daqui em diante serão premiadas individualidades, em função daquilo que poderão vir a dar à humanidade, à semelhança do que se fez com o actual presidente norte-americano. Podemos mesmo adiantar em primeira mão que o Nobel da Paz do próximo ano já está escolhido e será entregue a duas individualidades que, em potência, são dois pacíficos estadistas: Robert Mugabe (Zimbabué) e Muammar Kadaffi (Líbia).
Temos pena que esta nova filosofia da Academia Sueca não tivesse sido aplicada, por exemplo, nos anos 30 do século XX. Quem sabe se Hitler tivesse recebido um Nobel da Paz, não teria poupado a humanidade a tamanha carnificina, incapaz de fazer mal a uma criancinha?
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