O Facebook está muito mal aproveitado

Imagem: mymac.cc

Assim de repente, consigo fixar meia dúzia de coisas. Todas elas relacionadas com áreas mal exploradas mas que, mais tarde ou mais cedo, alguém vai descobrir e aproveitar até à exaustão. Aqui fica a lista:

1- Publicar pensamentos bonitos e românticos: Fazem falta poetas no facebook. Gente que crie e publique frases daquelas que entram na alma e que conquistam o coração. Frases perfeitas e de prescrição genérica. Basta alguém começar um dia destes e depois não se verá outra coisa.

2- Publicidade: Como é que ainda ninguém se lembrou desta? Aproveitar o mural para publicitar a sua empresa é de tamanha evidência que me custa perceber por que ninguém ainda trilhou esse caminho. Uma verdadeira mina por explorar.

3- Dizer o tempo que faz: Já viram como seria bestial estarmos fechados em casa ou no trabalho e alguém fazer o favor de nos dizer “Está a chover!”

4- Criticar os políticos e a política em geral: Aqueles que nunca votaram (nem contam votar) podiam suprir as suas lacunas de cidadania e de civismo, atacando os políticos, dizendo que são todos iguais, etc. É tão fácil (e cómodo) fazê-lo numa rede social virtual…

5- Música da Adele – Já vi partilhadas músicas tão variadas no facebook, desde o pimba ao punk, mas já deu para perceber que ninguém gosta da cantora Adele. Ainda estou à espera que alguém, um dia destes, partilhe o tema “someone like you”.

6- Anunciar o fim-de-semana: Como eu gostava de chegar ao final da semana e alguém publicar “é sexta-feira, yesss!”.

 

P.S. – Localmente, o PSD/Penacova publicou e fez distribuir um panfleto, atravessado por duas linhas gerais. Por um lado faz ver que as obras estruturantes que estão ao serviço das populações (centro cultural, biblioteca municipal, áreas empresariais…) foram construídas pelo executivo anterior, o que lhes valerá o mesmo que nada na altura do povo ser chamado novamente a votar. A memória eleitoral é muito curta e daqui a uma ano e meio, poucos se lembrarão de tão longínquos reconhecimentos. A outra ideia sublinhada no documento é a do galopante endividamento do município que deixará amarrados os executantes de futuros orçamentos, mas também aí a estratégia dos sociais-democratas locais se revelará inconsequente, pois não é coisa a que se dê muito valor na hora das grandes decisões. Ou seja, o PS está condenado a ganhar as próximas eleições, até porque, como diria o Taberneiro António Luís, “vai valer tudo” para ganhar, custe o que custar”. E geralmente custa muito.