segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CRÓNICA QUE SE ESCREVEU A SI MESMA


mas cujo texto ficou esquecido num ficheiro que entretanto está perdido entre milhares no computador porque já não se escreve à mão, ou escreve quem é antigo e não tem acesso computadores e vendo bem as coisas o inverno está muito suave, pouco tem chovido e as obras da câmara lá vão escorreitas e darão à vila a dignidade das gravatas, e de como dizia Oscar Wilde: 
     "A moderação é uma coisa fatal. Nada tem tanto sucesso como o excesso!" 
tenham elas ou não nódoas de molho, mas isso o que interesse perante o facto do Benfica estar à frente no campeonato e de como a nação benfiquista estará a pensar que
     a história é sempre mais lenta que as nossas necessidades
e as necessidades sendo um palácio onde a diplomacia se repasta a ela própria, são também as descargas do que é rejeitado pelos corpos
     alguns pouco celestes, claro
mas não só celestes como rosas, madalenas
     mesmo as arrependidas
e a crónica por se ter escrito a ela própria não se regulou, não paga impostos e por isso não irá para a Holanda em busca dos seus paraísos privados, de perna cruzada nos bares
     onde por falta de espaço as pessoas estão muito juntas e por vezes em cima umas das outras e nem sempre quietas
empunhando pequenas tochas de esperança, de odores requintados e o riso, o riso que depois se espraia nos canais da cidade e a dada altura a crónica impõem-se a ela própria ordenando que pare agora.

4 comentários:

Anónimo disse...

5 estrelas!
VH

Anónimo disse...

VH?
Deves ser conterrâneo do A. Luis!
Logo está tudo dito!

Anónimo disse...

E tu és o Fonseca (2)

Anónimo disse...

Quem?

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